Tempo de leitura: 2 minutos
Existe um preceito Budista sobre a Verdade que diz: “Aqueles que falam não sabem, aqueles que sabem não falam”.
O que é a verdade? Essa pergunta foi dirigida por Pilatos no Sinédrio a Jesus e ele não respondeu. Não que ele não soubesse a resposta, simplesmente, não respondeu por que não existem palavras que possam traduzi-la. As palavras coisificam e definem, criando limites e fronteiras, por isso ele não pôde explicar. A mente humana só consegue conceber aquilo que tem imagem, forma, conteúdo, nome, assim por diante, pois precisa fotografar e criar um signo que fará parte de sua linguagem. A verdade não tem nada disso, nem forma, nem nada. Para conhecer a Verdade será necessário ir além da mente, pois ela só pode ser experienciada. Só a experiência é capaz de revelar o que é a Verdade.
Por não conhecê-la, a humanidade tenta criar suas próprias verdades. Cada um segue um conjunto de normas e crenças que se ajustam às suas demandas internas, assim, existe uma verdade para cada um.
Quando Cristo disse: “Conhecerás a Verdade e ela vos libertará”, estava se referindo a essa experiência. Enquanto vagarmos pelo mundo, no automático, agindo sem consciência, seguindo um roteiro de verdades fugazes e não criarmos as condições adequadas para um novo despertar, continuaremos escravos. A liberdade será um sonho de uma noite de verão.
Todo ser humano, em que pese essa narrativa, é falso. Não existe ninguém verdadeiro, salvo aqueles que alcançam a iluminação e conseguem, através de um estado de graça permanente, olhar o mundo com suas cores verdadeiras.
Enquanto não nos realizamos, cabe a cada um de nós trabalhar e buscar o ajuste necessário, através do desenvolvimento de uma noção de realidade, para permitir a manifestação de nossa Verdadeira Natureza. Como na canção do Grupo Cidade Negra: “Conhecer a Verdadeira Verdade”.