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À procura de um órgão que faça a ligação entre o espiritual e o corpo físico.
A glândula pineal também conhecida como epífise neural tem o tamanho de um caroço de laranja e a forma de uma pinha. É uma glândula endócrina e fica localizada na parte superior do 3º ventrículo do cérebro, área onde portanto circula o líquido cefalorraquidiano.
Se prestarmos atenção veremos, que a mesma já se apresentava desde os tempos mais remotos:
Na mitologia grega através de Osíris com o olho que tudo vê, a porta que nos leva ao Além, o olho da consciência.
Nos Museus do Vaticano há uma escultura gigante de uma pinha que pertenceu a um nobre da Roma Antiga.
No bastão caduceu levado por Hermes na mitologia grega e por Mercúrio na mitologia romana.
Hermes (Grécia) e Mercúrio (Roma)
Na prática da Kundalini Yoga cujo objetivo final é o despertar do terceiro olho. Temos o símbolo da pinha presente nas imagens dos dois Deuses.
Imagens de Buda e Shiva.
E ainda no cajado do Papa.
Em 1641, René Descartes, já afirmava que a pineal era o ponto de união entre o corpo e o espírito. Os defensores desta ideia consideram-na como uma antena explicando fenômenos da mediunidade.
Para os hindus é o principal órgão do corpo ligando dois chacras: o chacra do terceiro olho, central na testa (frontal) e o chacra coronário, no topo da cabeça. O fato de estar envolta em líquido levanta a hipótese científica de aumentar a vibração deste com o ritmo da emanação de mantras, provocando assim uma reação na glândula.
Chico Xavier, em sua obra “Mensageiros da Luz” a descreve como glândula da vida espiritual e mental e se caracteriza por grande expressão no corpo Etéreo, onde presidem os fenômenos nervosos da mediunidade.
Atualmente há estudiosos da neurociência como Dr Sérgio Felipe de Oliveira do Hospital das Clínicas de São Paulo, que vem desenvolvendo pesquisas sobre esse órgão sensor. Consideram que esta glândula tem a capacidade de captar as informações eletromagnética em parte devido às propriedades dos cristais de apatita que a mesma dispõe.
Segundo este cientista, há um equívoco quando dizem que a pineal se calcifica. É importante frisar que isso não ocorre. Há uma confusão sobre isso, já que alguns acreditam que estes cristais sejam a calcificação. Estes cristais não têm também, qualquer relação com a idade e sim com o perfil da glândula. Uma criança pode ter muitos cristais e um adulto ter poucos. As pesquisas têm mostrado, segundo ele, que pessoas com mais cristais tem mais facilidade para a incorporação enquanto as pessoas que não têm, apresentam mais desdobramentos.
Ela é ainda responsável por secretar a melatonina, um hormônio que regula os circos circadianos, ou seja, a forma como o organismo regula suas funções quando está acordado ou durante o sono. Quando começa a escurecer ela começa a produzir melatonina para ajudar o corpo a se preparar para dormir e com o nascer do sol, voltando a claridade, é reduzida a produção deste hormônio, sinalizando ao corpo que é hora de despertar. Em alguns países, este hormônio tem sido indicado para indução do sono, principalmente para idosos que costumam ter a melatonina muito baixa, pessoas que trabalham a noite e precisam dormir de dia, viajantes que sofrem com o fuso horário e deficientes visuais pela não percepção da luminosidade.
Se o funcionamento da pineal é através do tempo, sendo este uma região do espaço, se vivemos na 3ª dimensão e nos relacionamos com a 4º dimensão através do tempo, podemos concluir que é através da pineal que conseguimos captar informações além de nossa dimensão.
As captações pela pineal de ondas eletromagnéticas que estão repletas de informações ainda necessitam ser interpretadas por uma área cerebral. Não podemos esquecer que o padrão de nossa sintonia psíquica é que definirá nossa interferência mediúnica. Essas ondas recebidas serão interpretadas em áreas do córtex cerebral, ligadas à linguagem, consciência, memória etc. Ou seja, o que ele recebe é interpretado e terá uma resposta com um tipo de ação. Por isso, quando um médium percebe um aroma, ele aciona uma parte do cérebro que identifica, por exemplo, que cheiro é aquele. É justamente nesse ponto, que o desenvolvimento mediúnico permite que a pessoa possa ter uma tomada de consciência do que ela recebe de informações.
Muitas pessoas que recebem essas informações e não aprenderam a lidar com estas interferências poderão desencadear patologias em seu corpo, ou ainda apresentar sintomatologias sem qualquer comprovação nos exames laboratoriais ou de imagem. Sendo assim, ao equilibrar sua mediunidade, os desequilíbrios corporais tendem a se equilibrar.
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Agradecimento
Quero agradecer a querida Marilene, companheira de trabalho, que se dedicou ao estudo da Glândula Pineal e elaborou esse conteúdo para o blog Salto Consciencial e Cursos. Embora não queira aparecer, deixo aqui a minha GRATIDÃO!